Latitude: 01° 24′ 12.0″ S
Longitude: 48° 29′ 35.4″ W
O Terminal Petroquímico de Miramar, Nicolau Bentes Gomes, situado em Belém, Estado do Pará, à margem direita da baía de Guajará a uma distância fluvial de 4,5 km a jusante do Porto de Belém, sendo uma extensão do porto organizado de Belém, é especializado em derivados de petróleo, álcool hidratado, soda cáustica, gás liquefeito de petróleo e demais granéis líquidos inflamáveis.
Acessos Rodoviários: pela rodovia Arthur Bernardes, interligando-se à malha rodoviária brasileira através da Rodovia BR-316.
Acesso fluvio-marítimo: da foz do rio Pará, que deságua no Atlântico, e deste através da baía de Guajará até o terminal, sendo o mesmo que permite a entrada de navios ao Porto de Belém.
No século XIX, o Pará foi marcado por profundas transformações no cenário político, social e econômico.
Com a abertura dos portos em 1808, pelo Príncipe Regente D. João, a relação comercial do Brasil com a Europa se modificou. Os produtos coloniais passaram a ser comercializados livremente com as nações estrangeiras. Com estas medidas, as exportações e importações no Pará receberam um grande impulso e Belém, por sua posição geográfica, tornou-se um grande e movimentado entreposto comercial.
A partir do início oficial da exploração comercial do porto de Belém pela companhia Port of Pará, que obteve a concessão da orla desde o igarapé do Uriboca no rio Guamá até a ponta do Mosqueiro, as obras não se restringiram apenas ao centro urbano de Belém que ia da desembocadura do Ver-o-Peso até o igarapé das Almas, também conhecido como igarapé das Armas, onde hoje se localiza o complexo Ver-o-Rio, mas também fazia parte desse complexo o terminal de Miramar, em Val de Cães, já que era nesse ancoradouro que ficavam as áreas de depósito de carvão e água e as oficinas de fundição de ferro que recebiam os pré-moldados da Europa. Esta propriedade, longe do centro urbano, passou a servir de residência aos diretores da companhia que, ali instalados, ficavam isolados do foco da epidemia no centro de Belém (Penteado, 1972)
A empresa de Serviços de Navegação na Amazônia e Administração do Porto do Pará – SNAPP assumiu o controle do porto de Belém no início da tumultuada década de 1940, em meio a uma cidade que sofria indiretamente as consequências da 2ª Guerra Mundial (1939-1945). Contudo, esse mesmo conflito iria ajudar na revitalização dos negócios de exportação do porto de Belém, através do acordo de cooperação mútua no esforço de guerra firmado em 1941, entre o governo do Brasil e dos Estados Unidos: enquanto que o Brasil comprometia-se a abastecer os EUA com matérias-primas para a indústria bélica, como a borracha amazônica, o governo norte-americano, por outro lado, enviaria à população gêneros de consumo e combustíveis que suprissem, em parte, a carência decorrente da guerra. Destarte, melhorias na infraestrutura foram realizadas, sendo inaugurado em 1947 o píer 100 no terminal de Miramar, construído em concreto armado, utilizando caixões de concreto pré-moldados como tabuleiro da plataforma e, posteriormente, em 1980, na administração da Companhia Docas do Pará – CDP foi inaugurado o píer 200, juntas são as principais estruturas acostáveis em operação no terminal.
O Terminal de Miramar abrange uma área territorial de 870.270,75 m². Seu território é constituído de duas áreas operacionais, sendo uma primária onde se encontram instalados os píeres, rampa e prédios administrativos da CDP e outra secundaria (retroporto) onde se encontram diversas companhias distribuidoras de combustíveis abastecidas, através de tubovias que nascem nos píeres e se interligam posteriormente.
Estruturas de acostagem: possui duas instalações acostáveis (píeres), independentes, em formato de “T”, possibilitando três berços de atracação, onde cada plataforma de acostagem está interligada a uma ponte de acesso, sendo todos executados em concreto armado e constituindo em sua infraestrutura, estacas verticais de concreto armado pré-moldadas.
Píer 100 – Granéis líquidos: possui uma plataforma de acostagem com 77,50m de extensão, construída em concreto armado, utilizando caixões de concreto pré-moldados como tabuleiro da plataforma, atualmente, estão em operação apenas dois berços, sendo: berço externo 101, destinado, prioritariamente, a atracação de navios, sendo em sua maioria navios que transportam GLP e berço interno 102 é destinados à atracação de balsas tanques. Possui dois dolfins assentes sobre estacas inclinadas, executados em concreto armado, destinados à amarração.
Píer 200 – Granéis líquidos: possui uma plataforma de acostagem com 40,00m de extensão e dois dolfins de atracação adjacentes, executados em concreto armado, interligados por pontes de 18,50 m de extensão, bem como, três plataformas de apoio operacional, em estrutura metálica, instaladas no paramento frontal da plataforma de acostagem e dos dolfins de atracação, atualmente, estão em operação apenas dois berços, sendo: berço externo 201, destinado, prioritariamente, a atracação de navios de graneis líquidos e no berço interno 203 é destinados à atracação de balsas tanques. Possui ainda dois dolfins de amarração constituídos por blocos assentes sobre estacas verticais, executados em concreto armado.
ÁREA PRIMÁRIA:
Armazéns Germinados: armazéns cobertos medindo 15mx60m cada um, ocupa área total de 1.800 m².
Pátio de Armazenagem: abrangendo um total de 1.200 m².
ÁREA SECUNDÁRIA:
Área de Armazenagem: abrangendo um total de 34.444 m².
ÁREAS ARRENDADAS:
– ESSO/COSAN : ocupa uma área de 41.596 m² e opera na movimentação de granéis líquidos com capacidade de armazenagem de 25.080 m³.
– IPIRANGA Produtos de Petróleo – IPP: ocupa uma área de 24.787,02 m² e opera na movimentação de granéis líquidos com capacidade de armazenagem de 17.912 m³.
– LIQUIGAS Distribuidora S/A : ocupa uma área de 32.520 m² e opera na movimentação de gás liquefeito de petróleo-GLP com capacidade de armazenagem de 1.080 t.
– PARAGÁS Distribuidora S/A : ocupa uma área de 17.100 m² e opera na movimentação de gás liquefeito de petróleo-GLP com capacidade de armazenagem de 1.200 t.
– PETROBRAS Distribuidora S/A – DISLEM : ocupa uma área de 50.700 m² e opera na movimentação de granéis líquidos com capacidade de armazenagem de 80.348 m³.
– PETROBRAS Distribuidora S/A: ocupa uma área de 21.560 m² e opera na movimentação de granéis líquidos com capacidade de armazenagem de 9.313 m³.
– PETROBRAS Transportes S/A – TRANSPETRO : ocupa uma área de 37.300 m² e opera na movimentação de combustíveis líquidos e gasosos com capacidade de armazenagem, respectivamente, de 35.836 m³ e 9.541 m³.
– PETRÓLEO SABBÁ S/A: ocupa uma área de 26.788,40 m² e opera na movimentação de granéis líquidos com capacidade de armazenagem de 15.833 m³.
– SHV GÁS: ocupa uma área de 28.0580 m² e opera na movimentação de gás liquefeito de petróleo-GLP com capacidade de armazenagem de 720 ton.
Patrick Heverton da Cruz Barros
E-mail: patrick@cdp.com.br
Luiz Fernando Lemos B. Moreira
E-mail: barreto@cdp.com.br
Tel.: (91) 3213-6600
Tel. Posto 24h: (91) 3213-6606
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