A Companhia Docas do Pará (CDP) emitiu o relatório de acompanhamento de investimentos referentes ao primeiro trimestre de 2022. Neste período, chegou-se a 100% de conclusão em uma das áreas, que antes era um greenfield no Terminal de Miramar, e a 99% no novo terminal de combustíveis do porto de Vila do Conde.
O gerente de relações comerciais e contratos da CDP, Alberto Ramos, explica que os investimentos estão sendo destinados a diferentes atividades de acordo com o tipo de operação realizada por cada empresa. “O foco principal dos portos é o arrendamento de áreas para empreendimentos aquaviários, que realizam armazenamento e movimentação de cargas, por outro lado, também são feitas cessões onerosas, em que cedemos áreas a empresas que exercem atividades indiretamente ligadas às operações portuárias, como industrialização e comércio”, esta última, no entanto, representa aproximadamente 79,8% do valor total dos investimentos que estão sendo realizados.
INVESTIMENTOS NAS CESSÕES ONEROSAS
Com um investimento de R$ 1,6 bilhões da empresa Centrais Elétricas de Barcarena (Celba), uma usina termelétrica e um terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) estão sendo implantados no Porto de Vila do Conde. A estimativa é que o terminal tenha capacidade de consumir até 1,31 milhões de toneladas de Gás Natural (GN) ao ano, e que a usina tenha capacidade de produzir até 600 MW de energia.
Outra importante cessão onerosa encerrou as obras neste trimestre no Terminal Petroquímico de Miramar, localizado em Belém. A empresa Bahiana Distribuidora de Gás LTDA (ULTRAGAZ), destinou cerca de R$ 65,6 milhões para a implantação de um terminal de envasamento de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), com sete tanques com capacidade total de 805m³. As obras já foram finalizadas e se espera que o terminal inicie as operações em breve.
INVESTIMENTOS NAS ÁREAS ARRENDADAS
No que diz respeito às áreas arrendadas, o Terminal Petroquímico de Miramar recebeu investimentos de três empreendimentos diferentes até o momento. A empresa Petróleo Sabbá investiu R$27,4 milhões em tanques e plataformas de carregamento, expandindo sua capacidade estática em aproximadamente 10,2 mil m³. As obras dos tanques já estão quase concluídas enquanto as da plataforma aguardam licenciamento ambiental para continuidade.
Ainda em Miramar, a Vibra e a Ipiranga também aplicam seus investimentos no aumento de capacidade estática. São R$ 41,7 milhões destinados pela Vibra para a construção de sete novos tanques, resultando na expansão de 31 mil m³. A Ipiranga fez um investimento de R$ 4 milhões, proporcionando um aumento de 6,7% da capacidade de biodiesel, agora comportados em aproximadamente 24 mil m³.
Já no Porto de Vila do Conde, a CDP arrendou a área VDC12 para a empresa Tequimar Vila do Conde de logística portuária. Foram aplicados cerca de R$254 milhões na construção de um terminal petroquímico com 17 tanques e capacidade total de 110 mil m³. Com obras já prestes a serem finalizadas, a construção do terminal ainda procede com operações assistidas.
O Consórcio Porto de Santarém arrendou áreas para a expansão do terminal de granel líquido para recebimento de navios-tanques. Inicialmente, foram investidos cerca de R$94 milhões em 4 tanques com armazenamento total de 40 mil m³, mas a empresa já manifestou interesse em ampliar a capacidade do terminal para 110 mil m³ futuramente.
A IMPORTÂNCIA DOS INVESTIMENTOS PARA O PARÁ
O aumento da capacidade estática nas áreas arrendadas da Companhia representa também maior movimentação de produtos nos portos. Além dos ganhos financeiros que a Companhia obtém a partir da realização desses investimentos, a sociedade se beneficia com o menor custo de suprimentos armazenados e operações de industrialização realizadas localmente.
Texto por: Rayane Lopes